Foto: Thiago Almeida - Rio Doce em Linhares
A análise foi realizada entre o final de junho e início de julho deste ano pela Fundação SOS Mata Atlântica, que havia feito o mesmo tipo de avaliação em fevereiro de 2010. A comparação dos resultados mostrou um quadro de estabilidade da qualidade das águas do rio no ponto monitorado. Na primeira avaliação, o manancial obteve 34 pontos. Agora, 32. O resultado confere ao manancial a classificação regular.
Segundo a coordenadora do Programa Rede das Águas da entidade, Malu Ribeiro, a foz do Rio Doce apresenta melhores condições de conservação do que outros rios do mesmo porte do país. Entre eles, o Paraíba do Sul e o São Francisco que, a exemplo do Doce, também nascem em Minas Gerais. Os dois, conforme ela, já estão com a capacidade de vazão comprometidas.
Apesar disso, Malu afirma que a população deve tomar cuidado com os rios classificados como regulares, pois significa que a qualidade da água não é boa.
"Essa avaliação representa um sinal de alerta", destacou. Malu afirma, ainda, que se nada for feito, a qualidade poderá piorar, a ponto de comprometer o processo de abastecimento da população e a sobrevivência da fauna.
Os parâmetros avaliados foram temperatura, turbidez, espumas, lixo, odor, peixes larvas, vermes brancos e vermelhos, coliformes totais, entre outros.
Monitoramento
A coordenadora informou que a Fundação SOS Mata Atlântica está negociando uma parceria com uma empresa de Linhares para a formação de 10 grupos, que serão capacitados para monitorar a qualidade das águas do Rio Doce em caráter permanente. Ela disse que a proposta deverá ser fechada até o dia 16 de setembro, data em que acontece o Dia Mundial de Limpeza de Rios e Mares.
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